sábado, 19 de dezembro de 2009

you may tire of me as our december sun is setting because i'm not who i used to be . . .
engraçado que o sol de dezembro ainda não se foi e você se cansou. será que você voltará descansada quando o sol de janeiro chegar? maybe i'm waiting.
escrever, escrever e escrever. talvez seja o que me resta. não ouço mais que 30 segundos de qualquer música, não leio mais que 3 linhas de qualquer impresso. não durmo, não acordo, não sonho, não faço, não sou.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

hoje.

escrevo qualquer coisa hoje pois não sei do amanhã.
e o hoje pede o que? não sei.
aliás, eu nunca sei.
posso chegar a conclusão de que o hoje não pede nada.
talvez alguns cigarros. acendo e acabam queimando sozinhos no cinzeiro.
o hoje também pode pedir um olhar. aquele olhar breve que você troca com algum desconhecido pela rua.
e assim vão passando as horas: suposições e mais suposições.
o dia acabou e eu ainda não descobri o que o hoje queria.
talvez o hoje me peça alguma coisa amanhã.

domingo, 26 de julho de 2009

prasempre.

uma voz rouca começa a ecoar pelo quarto e dizer: "que o pra sempre, sempre acaba. . ."
e essa ideia de "pra sempre" é um tanto pretensiosa.
sejamos realistas: tudo tem prazo de validade. e esse tudo diz respeito ao sentido lato da palavra.
até a saudade não é eterna.
quando você menos espera passa a não sentir falta do telefone tocando naquela mesma hora do dia, impreterivelmente na mesma hora, podendo até ser no mesmo segundo. não sente mais falta daquele andar de braços dados, daquelas histórias que mais pareciam uma odisseia e de infinitas coisas que te falham na memória.
começam a perceber que nada é duradouro?
e todas essas coisas não te fazem mais falta, aparentemente. até que num dia qualquer o telefone toca naquela mesma hora.
pode até não ser quem você espera que seja mas é naquele horário. aqueles minutos que pertenciam a você e mais alguém e só!
depois desse toque tudo volta a te fazer uma falta absurda que chega doer.
percebam também como essa vida é uma tremenda contradição.
tudo vem a tona e o que não te fazia falta passa a fazer.
e não poder dizer sempre: até amanhã, é o que mais doi.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

acordei com certa nostalgia. na verdade o dia estava saudoso. me lembrou os nossos dias.
senti vontade de te ligar, ouvir sua voz.
por algum tempo fiquei olhando o telefone, discava o seu número, deixava chamar duas ou três vezes e desligava.
na verdade sempre fui uma grande covarde.
fumo dois, três, quatro, cinco cigarros.
ligo de novo e dessa vez espero você atender. do outro lado aquela mesma vozinha dizendo: "oiii."
espero alguns segundos, fico quieta ouvindo sua respiração e não sinto vontade de falar.

terça-feira, 21 de julho de 2009

vinte e um de julho.

com as mãos atadas vejo você ir embora e as promessas ficarem.
um silêncio assustador toma conta de tudo.
ando inquieta pela casa. preparo um café que eu não tomo, faço um lanche que eu não como.
arrumo a cama pra insônia.
e assim fico por horas; dias ou semanas, não sei ao certo.
só sei que perdi a noção de tempo e espaço.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

vinte de julho

primeiro dia de aula foi bonito que só.

sábado, 18 de julho de 2009

M.

tenho seu endereço anotado na contra capa de um dos meus livros favoritos.
talvez seja uma forma (consciente ou inconsciente, não sei) de te deixar mais perto, mais presente.
e as vezes vejo teu endereço e te escrevo. escrevo sobre amor, cores, sons e até mesmo sobre distância mas como de costume tudo isso acaba ficando no fundo da gaveta.
novos dias chegam, novas vontades de te escrever também.
escrevo, escrevo e escrevo e de novo tudo fica escondidinho. os coloco dentro do livro com o seu endereço. um lugarzinho que eu fiz pra você.
mas um dia foi diferente. comecei a te escrever sobre cores e lembrei da sua cor favorita, que por sinal é a minha também.
escrevi, coloquei tudo no envelope e como num piscar de olhos levei tudo pra caixinha do correio.
e quando você menos esperar vai chegar na sua porta: um bilhetinho simples e tímido com o toque da minha mão pra tocar a sua.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

2:58

não uso mais as roupas que você abraçou. até me desfiz delas. estão por ai, sendo abraçadas por outras pessoas. só não me desfiz daquele casaco de veludo, fofinho e quentinho. esse ainda tem o seu cheiro e a lembrança do primeiro: euteamo.
não vejo mais as nossas fotos. não preciso. tenho cada momento gravado em mim e eles são até mais bonitos que as próprias fotos.
ainda tenho o ursinho com o teu nome. no fundo de uma gaveta. mas ainda assim ele existe. mesmo escondido.
e as entradas de cinema? tinha todas! mas por acaso não as tenho mais. devem ter ido embora junto com as roupas.
tenho também a exótica aliança. dia desses a coloquei e fiquei lembrando como você tinha orgulho em dizer: "olha, estamos de aliança agora". lembro também como eu acreditava fielmente que ia ser pra sempre.
quer dizer, ainda acredito e de certa forma está sendo. aqui e comigo.
and it's always...