domingo, 26 de julho de 2009

prasempre.

uma voz rouca começa a ecoar pelo quarto e dizer: "que o pra sempre, sempre acaba. . ."
e essa ideia de "pra sempre" é um tanto pretensiosa.
sejamos realistas: tudo tem prazo de validade. e esse tudo diz respeito ao sentido lato da palavra.
até a saudade não é eterna.
quando você menos espera passa a não sentir falta do telefone tocando naquela mesma hora do dia, impreterivelmente na mesma hora, podendo até ser no mesmo segundo. não sente mais falta daquele andar de braços dados, daquelas histórias que mais pareciam uma odisseia e de infinitas coisas que te falham na memória.
começam a perceber que nada é duradouro?
e todas essas coisas não te fazem mais falta, aparentemente. até que num dia qualquer o telefone toca naquela mesma hora.
pode até não ser quem você espera que seja mas é naquele horário. aqueles minutos que pertenciam a você e mais alguém e só!
depois desse toque tudo volta a te fazer uma falta absurda que chega doer.
percebam também como essa vida é uma tremenda contradição.
tudo vem a tona e o que não te fazia falta passa a fazer.
e não poder dizer sempre: até amanhã, é o que mais doi.

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